O Bloco Democrático (BD) tomou conhecimento por alerta de activistas angolanos residentes em Portugal de que uma jovem comerciante angolana foi barbaramente espancada por agente da polícia portuguesa em Lisboa na linha de Sintra, com auxílio de um segurança que faz guarda ao estabelecimento onde Maria Sala tem um restaurante.
Maria Sala foi inclusivé algemada frente à sua criança de
cinco anos de idade como se fosse uma criminosa. Segundo os relatos,
após a sua detenção Maria Sala continuou a sofrer agressões, tendo que
ser assistida num hospital da área. Foi igualment alvo de insultos
racistas, segundo contou a vítima pelo agente que a deteve alegando
desacato à autoridade.
Maria Sala identificou o agente de polícia agressor, como
tendo o nome Jorge Manuel Pires Sebastião, afecto à Esquadra de
Massamá.
O Bloco Democrático solicita a todas as organizações de direitos humanos, partidos políticos, cidadãos em Portugal para prestarem o devido apoio a este caso e para que haja denúcias sérias a mais este acto de ataque a cidadãos emigrados em Portugal. Os cidadãos emigrantes não podem ser alvo de violência policial e ainda menos de insultos!
O BD declara que já informou e activou os seus dirigentes
ao nível daquele país e aproveita a oportunidade para apelar a
solidariede urgente para com a vítima. Este caso não pode ficar sem
justiça! Não descansaremos enquanto não for feita justiça!
O Bloco Democrático exige:
- O BD exige que o agente seja expulso da corporação e seja levado à justiça com punição exemplar.
- O BD exige que os custos de saúde da Senhora Maria Sala sejam pagos pelas entidades competentes.
- O BD exige que o guarda do estabelecimento seja removido das suas funções e seja levado à justiça com punição exemplar.
Lisboa
e em particular a linha de Sintra são a casa de uma vasta comunidade de
emigrados Cabo-Verdeanos, Angolanos, Guenienses, outras nacionalidades e
seus descendentes hoje já portugueses. A linha de Sintra é hoje uma
linha calma onde todos coabitam, mas têm ao longo dos anos surgido
vários abusos por parte das forças de polícia, incluindo com a morte de
jovens negros. A manutenção de uma acção de polícia que não seja racista
é imperioso para a manutenção de um clima ameno e de integração social
na linha de Sintra e em Portugal.
Com as eleições europeias a decorrerem este mês o Bloco
Democrático recorda que a vasta comunidade de votantes angolanos, de
afro descendentes e de emigrantes, hoje com dupla nacionalidade, não vêm
com bons olhos este caso e não irão esquecer aqueles que não agirem em
conformidade para repor a justiça a este caso.
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Luanda, 9 de Maio de 2014
LIBERDADE, MODERNIDADE E CIDADANIA
FIM
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